Existem pelo menos três graus de inversão dos mamilos. Para identificar o grau de inversão e perceber se existe relação com alguma condição clínica, o médico pode realizar alguns testes de estimulação. Os graus de inversão do mamilo são:
Grau I – quando após a estimulação se regista a saída dos mamilos e a sua projeção por algum tempo;
Grau II – quando após a estimulação é possível projetar os mamilos, mas por pouco tempo.
Grau III – quando mesmo após estimulação os mamilos não são projetados. Nestes casos, a inversão do mamilo pode ser devida a fibrose ou atrofia da região terminal dos ductos mamários.
Cerca de 96% dos casos são de Grau I e II. Nos três casos, a solução mais indicada é a cirurgia, dado que medidas alternativas, como bombas de vácuo ou exercícios para puxar, são ineficazes.
A cirurgia tem a função de “libertar” os mamilos das bandas fibrosas que os prendem de forma a permitir a sua projeção. O procedimento cirúrgico consiste no corte dos canais galactóforos bem como da musculatura que retraem os mamilos. Também é feita uma sutura específica nesse local que irá permanecer durante um mês, altura em que será retirada. As suturas ficam dentro da aréola e na base do mamilo e, por isso, após a cirurgia não há qualquer cicatriz visível.
A cirurgia de correção dos mamilos invertidos é realizada sob anestesia local ou sedação e tem a duração aproximada de 30 minutos. Não necessita de internamento e, como tal, tem alta no mesmo dia indo para casa com um penso e um sutiã de contenção.
Para a cirurgia é necessário realizar uma ecografia e uma mamografia e recomenda-se a hidratação diária dos mamilos um mês antes da mesma. Os pontos são removidos ao fim de um mês.